Sacríficio de Caim - Parte 2






Durante muito tempo, Deus levantou homens para trabalhar na sua obra aqui na terra. Muito se levantaram, mas poucos chegaram ao patamar, no qual Deus realmente pudesse confiar neles. Se formos analisar, nas escrituras sagradas, os exemplos dos homens que Deus levantou para cumprir os seus planos, veremos muitos exemplos de fracassos decorrentes do ego humano, da razão humana; mesmo sob domínio de Deus e de sua autoridade. O ego manifestou-se de forma assombrosa, tecendo a queda dos mesmos. Um exemplo clássico que podemos destacar é o exemplo do rei Nabucodonosor. Podemos dizer que o desenvolvimento de Babel que resultou na Babilônia, foi uma verdadeira rebelião contra Deus. Temos em (ESDRAS 05:12)”12 Mas depois que nossos pais provocaram à ira o Deus do céu, ele os entregou na mão de Nabucodonosor, o caldeu, rei de Babilônia, o qual destruiu esta casa, e transportou o povo para Babilônia”. Vemos nesta passagem que por desobediência, Deus permitiu que este rei implacável, levasse cativo consigo, o povo de Israel para discipliná-los. No início, o Rei Nabucodonosor, reconhecia que tudo o que lhe houvera sucedido, era permissão de Deus, e é o que esta escrito em (DANIEL 04:1-2) “1 Nabucodonosor  rei, a todos os povos, nações, e línguas, que moram em toda a terra: Paz vos seja multiplicada. 2 Pareceu-me bem fazer conhecidos os sinais e maravilhas que Deus, o Altíssimo, tem feito para comigo”. Ele sabia que só pela força de Deus, é que suas vitórias estavam sendo realizadas, mas como é de praxe, “todos os homens”, mesmo abençoados por Deus, ainda insistem em manter a sua autoimagem gloriosa perante Deus. Caiu simplesmente, por inflamar o seu ego e proferir as seguintes palavras: “falou o rei, e disse: Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a morada real, pela força do meu poder, e para a glória da minha majestade?” dito estas palavras, o rei sentiu a majestade do verdadeiro Rei sobre ele. O que se sucedeu, é digno de reflexão para nós cristãos, que trabalhamos na obra e sob a autoridade de Deus. O que aconteceu em seguida, é que o Rei, foi destronado por Deus imediatamente, sem nenhuma forma de contestação; até o direito de ser uma pessoa normal, Deus tomou, assim está escrito, pois como já é do conhecimento de todos, Deus nunca vai dar ao homem orgulhoso e cheio de si, os mais altos degraus, reservados para os santos que verdadeiramente vivem em Cristo. Este é apenas um dos vários exemplos que podemos encontrar espalhados na Bíblia. Nabucodonosor só foi restaurado por Deus, após reconhecer novamente que Deus era maior em sua vida.
Diante de todos estes exemplos, temos que ficar vigilantes quanto a nossa conduta dentro e fora da igreja. Já sabemos que para sermos seguidores de Cristo, antes de tudo, devemos negar a nós mesmos e segui-lo, fazendo como o próprio Cristo fez: crucificando o homem “Carnal” na cruz e vivendo em plenitude com o Espírito Santo. Ao trabalharmos na seara do mestre, devemos ter sempre em nossas mentes, que não passamos de meros instrumentos da vontade divina, trabalhando, não em troca de benções ou recompensas que ele, Deus, pode nos dar, mas sim, pelo amor a Deus e todos os seus desígnios e planos para os santos da terra.
Chamar para si a fama e a notoriedade do trabalho de Deus é perigoso, pois todo cristão sabe que ele jamais divide a sua glória, ainda mais, com homens pecadores como nós, que se não fosse pela sua misericórdia, não tínhamos nem sequer o direito de ser salvos.
O trabalho e a vida com Deus não é algo fácil, tem que haver muita abnegação de nossas partes, para que Deus sobreponha a nós; é uma vida de provação e de negação, e que se não for cuidada, pode inflar o ego, e nos tornar com Caim: que trabalhava duro nos campos, cultivando sob sol forte todo tipo de plantas e grãos, e pelo labor e pela dureza de seu trabalho, entendeu que o sacrifício que ele estava dando para Deus, valia muito mais do que qualquer outro, pois se tratava de seu esforço, tempo e vida pessoal. Chegou a Deus com o seu sacrifício, com a autoridade dada por ele mesmo, de questionar se o próprio Deus aceitaria ou não, o seu tão “Precioso sacrifício”; o resultado foi evidente e do conhecimento de todos: Deus o rejeitou veementemente. O que quero que você medite comigo neste texto é que: Como você tem apresentado os seus sacrifícios perante a Deus ultimamente? Tem buscado agradar a Deus, ou aos homens? Pense nisso e lembre-se: Assim como existem sacrifícios de Caim, existem também os de Abel, e eles sim receberão toda a atenção de Deus. Pense bem, as oferendas e holocaustos estão sobre o altar, Deus vai olhar os corações e escolher, qual sacrifício ele vai aceitar, e qual servo Ele vai rejeitar.


Referências Bíblicas

ESDRAS 05: 12
12 Mas depois que nossos pais provocaram à ira o Deus do céu, ele os entregou na mão de Nabucodonosor, o caldeu, rei de Babilônia, o qual destruiu esta casa, e transportou o povo para Babilônia.

DANIEL 04: 1-2
1 Nabucodonosor rei, a todos os povos, nações, e línguas, que moram em toda a terra: Paz vos seja multiplicada.
2 Pareceu-me bem fazer conhecidos os sinais e maravilhas que Deus, o Altíssimo, tem feito para comigo.

DANIEL 04: 30
30 falou o rei, e disse: Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a morada real, pela força do meu poder, e para a glória da minha majestade?



Dicionário Bíblico

BABILÔNIA (IMPÉRIO DA): A importância, para o estudante da Bíblia, do que foi o império da Babilônia, vê-se no fato de haver nas Sagradas Escrituras cerca de trezentas referências aos pais e ao seu povo. No Antigo Testamento a palavra hebraica Babel pode significar tanto o império como a cidade, embora algumas vezes se empregue o nome de Sinear para definir todo o país.  
NABUCODONOSOR: Nebo protege o limite! Filho e sucessor de Nabopolassar, o fundador do império babilônico (605 a 562 a.C.). Ele foi mandado por seu pai, à frente de um exército, para castigar Faraó-Neco, rei do Egito. Pouco tempo antes tinha este príncipe invadido a Síria, derrotado Josias, rei de Judá em Megido, e submetido toda aquela região, desde o Egito a Carquemis, cidade situada sobre o Eufrates superior, que, na divisão dos territórios de Assíria depois da destruição de Ninive, tinha passado para Babilônia (2 Rs 23.29, 30). depois de várias expedições guerreiras, com bom êxito, a serviço de seu pai Nabopolassar, cercou Jerusalém e tomou-a (2 Rs 24). Levou cativos para Babilônia os habitantes da cidade de Davi; levantou uma imagem de ouro no campo de Dura (Dn 3); lançou três jovens numa fornalha de fogo (Dn 3); teve um sonho que Daniel explicou; perdeu o juízo por algum tempo e andou errante pelos campos, mas a sua razão lhe voltou, e de novo se sentou no seu trono, pelo que louvou a Deus (Dn 4.34). Este mesmo rei dirigiu o cerco de Tiro, que durou treze anos, e sustentou diversas campanhas felizes contra o Egito. Foi durante o seu reinado reedificada a cidade de Babilônia com grande magnificênciaor uma tribo guerreira, proveniente da Pérsia, que por fim foi subjugada por Alexandre Magno.

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