Paulo Errou nos Números?





Observe o seguinte Versículo:

Números 25:09

9 Ora, os que morreram daquela praga foram vinte e quatro mil.

Agora Observe este Versículo da Primeira Carta de Paulo aos Coríntios:

I Coríntios 10: 08

8 Nem nos prostituamos, como alguns deles fizeram; e caíram num só dia vinte e três mil.

Ambas as passagens da Bíblia, denotam ao mesmo evento ocorrido. A mortalidade do povo de Israel, por causa da peste, consequência dos pecados sexuais cometidos. Tanto uma, como outra passagem, são consideradas em qualquer Bíblia, como concordâncias Bíblias; ou seja, reforçam o assunto tratado. Agora a pergunta que fica no ar: Por que haveria Paulo de errar nestes Números? O que levaria ao nosso amado Apóstolo, a errar em aproximadamente, 4% da mortalidade do povo de Israel? Se o Espírito que inspirou a escrever as escrituras é o mesmo, por que achamos divergências nestes termos? Bem, vejamos o que os fatos têm a nos dizer.

Primeiro lugar: A discussão é relevante, pois nos leva em primeiro momento, a duvidar se realmente o texto Bíblico é coerente em seus fatos e argumentações. Segundo: Isto poderia ser usado, por qualquer descrente, como argumento de questionamento da validade dos textos Bíblicos. Terceiro: Deixa a dúvida, de qual passagem é a verdadeira.

Primeiramente, não podemos dizer se esta ou aquela passagem, diz a verdade, pois os únicos registros fieis que temos destes fatos, são os relatos Bíblicos. Podemos de antemão, aprofundar a questão, e ver a fundo, o cerne e o gerador do problema. Antes de tudo, devemos pensar em quem ou o quê, escreveu os textos. Para saber o que o autor quis dizer, é mais eficaz, perguntar ao mesmo, o que ele queria falar em determinado trecho de seu texto. Mas como não temos esta opção, recorremos ao que diz a Teologia a respeito da Inspiração Divina dos Textos Bíblicos. Temos Basicamente, três Teorias de Inspiração divina, sendo elas: Teoria da Intuição; Teoria da Iluminação; Teoria do Ditado e a Teoria da Dinâmica. Não cabe aqui, fazer delongas nestes temas, até porque, o que temos em primeira mão é que as três primeiras Teorias descrevem o homem, como um mero escritor físico da Bíblia, mas não coparticipante; ou seja, ele era um mero canal, por onde Deus falou de forma escrita; e o mesmo não tem nenhuma participação intelectual nos textos. Ora, é de se por em xeque, estas três teorias, pela ingenuidade que levou aos seus mentores, a fazê-las. É Ingenuidade acreditar nas três primeiras propostas, pois acredito que nenhum homem, foi levado a um transe exotérico, para escrever os textos da Bíblia.

Lemos no Livro de Números, que somente é descrito este evento - da passagem Bíblica acima - como sendo da forma que está no versículo; de sorte que se Paulo, tivesse outras informações a respeito de tal evento, teria consultado a algum livro apócrifo, ou outra fonte, pois estas informações não estão presentes no Cânon Judaico. Só o fato de Paulo, ter que ler outra fonte, já denota que o mesmo teve participação intelectual na criação deste texto. É ai que entra a Teoria da Inspiração Dinâmica. De acordo com o a Teologia Sistemática de Strong, temos que esta teoria de inspiração divina, consiste em: “Sustenta que a escritura, contém um elemento humano, assim como divino, de modo que, enquanto apresenta um conjunto de verdades reveladas, estas formadas nos moldes humanos e adaptadas à inteligência humana comum” Teologia Sistemática, Augustos Hopkins Strong, página 375. Está resposta, nos Parece bem mais plausível, ao evento que estamos analisando.


O que temos, e o que a Bíblia nos ensina, é que o nosso espírito está mesclado com o Espírito Santo de Deus, de forma que coexistem e se complementam em uma harmonia, entre o terreno e o divino. Os homens que escreveram a Bíblia, não foram pessoas que tomadas de um transe sensacional, proferiam palavras e vários textos, e depois acordaram e viram o que tinham escrito. Se fosse assim, os relatos Bíblicos seriam uma fonte questionável de informação. O que vemos, é que a Bíblia, foi escrito por pessoas, que de alguma forma, deixaram seus estilos de escrever, sua forma de ver os fatos,  de ser relacionarem com eles e da forma como viviam a sua Fé. O que temos nestas diferenças destes números é o homem Paulo, de posse de outra tradução da Bíblia, ou confiando em sua própria memória, escrevendo tal passagem, omitindo um número, mas acrescentando outra informação. Se olharmos atentamente, vemos que Paulo não acrescentou ao relato, números, mas também não os desmentiu, uma vez que ele acrescentou a informação característica temporal, acrescidas das palavras “num só Dia”, fato, não nos fornecido no relato de Números. O que temos é uma genuína informação de Paulo, nos dizendo que um só dia morreu vinte e Três mil pessoas, e em Números, está dizendo que morreram globalmente Vinte e quatro mil, que poderiam ter sido, não necessariamente no mesmo dia. Ambos os relatos são verdadeiros e se complementam. O que temos aqui, é a prova da Teoria da Inspiração Divina Dinâmica, provada, por termos irrefutáveis.  O que se pensava ser um erro é na verdade, um detalhamento de uma formação importante, que Paulo quis nos passar e que detinha no momento. Paulo afinal, não errou nas contas, mas sim acrescentou elementos que deram ênfase às consequências do pecado, quando praticados pelos eleitos de Deus. Quanto à fonte desta informação, se foi humana, (Inspiração Dinâmica) Paulo pesquisou e nos forneceu um dado novo; se foi divina, o Espírito, forneceu o que foi omitido tempos atrás. Ambas as possibilidades são válidas e benéficas, e não invalidam o texto Sagrado; e provam que homem e Deus, podem sim trabalhar juntos, sendo os dois participantes, em prol da divulgação e do esclarecimento das verdades divinas.

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