Lei Moral, ou Instinto Animal?



Grande parte dos Cristãos, admitem que o Conceito do Bem e do Mal, originou-se na queda de Adão, quando ele comeu do fruto do Conhecimento, gerando assim o que chamamos de: Lei Moral ou Lei Natural. A Lei Moral ou Lei Natural é a noção exata que todos os seres humanos têm a respeito do que é Certo e Errado, Bem e Mal. Quando simplesmente alguém pisa no seu pé, ou lhe rouba algum objeto, lhe vem subitamente a ideia de que tal ato foi injusto e que porém, deve ser reprimido.Estes estatutos morais inconscientes, vem muito antes da “Lei” ou sistema jurídico estabelecido; pois o conceito comumente aceito do que é Justo ou injusto, foi o que deu base para a criação das leis como a conhecemos.  A lei Moral está intrinsecamente ligada ao homem, e sua origem, é algo a ser pensado, pois todos os seres humanos concordam em algumas premissas básicas a respeito do que é o Bem e do que é Mal. Não estamos discutindo culturas ou tradições, mas sim, uma Lei que está num patamar mais profundo do ser Humano; algo que estaria “Escrito em seu espírito” e estaria longe de ser um mero instinto animal. O pensamento Ateu defende que esta “Lei Natural” ou “Lei Moral”, simplesmente vem do instinto humano, e está arraigado em seu ser “Primitivo” desde então. É o mesmo instinto que um cachorro ou um macaco, executa em sua vida “Social”. Mas vejamos, o quanto esta lei “Moral” é complexa, e nas relações humanas e suas complexidades, simplesmente torna-se inaplicável, o conceito de que somente “Instinto” proveria esta sensação interna que todos nós carregamos e que consciente ou inconscientemente, nos dita os rumos para distinguir o que “Certo” e “errado”, o “Bem” e o “Mal”, através de um padrão Universal aceito.

Para inicio de conversa, o modelo defendido pelo pensamento Ateu, é tão simplório, que me admira muito, pessoas que se intitulam “Racionais” serem adeptas de uma irracionalidade tamanha. Comparar as relações sociais, éticas e morais, que todos os seres humanos têm ou deveriam ter; a instintos animais, irracionais; chega ao patamar máximo da irracionalidade. Do contrário, os próprios Ateus deveriam concordar que existe algo de muito estranho no “Bicho Homem” que o difere, e muito, dos demais habitantes do planeta terra. Mas vamos fazer de conta, que o padrão do que é “Certo” ou “Errado”, ou do que é “Bem” e “Mal”, simplesmente não tivesse nada a ver com um ser supremo; que na criação do Homem à sua imagem e semelhança, colocou em seu espírito, estes padrões básicos de moralidade e ética, para que convivessem entre si, com um mínimo de civilidade. Voltemos ao homem primitivo sem Deus.

Então vejamos, Bem e Mal, seriam instintos que cada ser humano teria em si, e que o julgamento disto, caberia a cada cabeça, racionar a respeito do que ele (a) acha ser Certo e Errado, Bem e o Mal. Lembre-se, estamos falando do patamar mais baixo do que seria uma lei Interna que cada indivíduo teria. Sua origem assim como o “Instinto” Animal qualquer, seria desconhecido (?). Assim sendo, quando um homem pisasse no pé de outro, e o mesmo o ferisse, o ferido, em sua mente, julgaria por certo, matar o seu semelhante, pois o seu Instinto animal, concordaria em preservar a sua integridade, sendo, pois justo a eliminação do seu desafeto. Se o outro não concordasse, não seria aceito outros pontos de colocação, pois não haveria um “Padrão” a ser seguido, e simplesmente, todos na estrutura social estariam refém da subjetividade não padronizada. Aconteceria então a barbárie; e talvez os seres humanos, seriam extintos por si próprio, em sua estrutura “social”. Lembre-se: Estamos falando de Instinto Animal, e não na Lei Moral, que foi dado por Deus e que gerou o padrão mínimo, atual de civilidade.

Outro ponto interessante, é que os Seres Humanos, são livres para executar ou não, a Lei Moral. No instinto, não há livre-arbítrio. Um macaco em seu instinto de sobrevivência deixa para trás sem remorso, ou “consciência pesada”, o seu filhote que era fraco e que não conseguia fugir do predador. O ser Humano até pode pensar, e de fato, deixar uma criança no lixo ou em qualquer lugar. Mas pergunte ao mesmo se ele acha justa tal ação; ele dirá que “Não” e se dizer “sim”, tentará argumentar de alguma forma, tentando se livrar da culpa, como alguém que se defende diante de um tribunal invisível com códigos somente no imaginário humano. Lembre-se que a Lei Moral é muito anterior à tipificação desta conduta como “Crime”, e não estamos falando de Código Penal, e sim, de algo muito anterior ao mesmo.

Então, não admitir que esta Lei Interna, que nos guia; está muito além dos instintos dos outros animais, é não concordar, com algo que está explicitamente claro, como uma verdade científica; que por si só, o ser humano jamais atingiria esta evolução moral, sendo simplesmente um animal como outro qualquer. Somos diferentes! E isto está claro.

O que o pensamento Ateu não concorda, é que Deus ou a crença em um Deus, tornou e elevou a sociedade, a um patamar de civilidade e moral, jamais visto em outro, digamos assim, “animal”. Como disse acima, o homem é livre para aplicar ou não, as Leis Morais Deixadas por Deus, mas os padrões estão firmados, e escritos em um Livro. A Bíblia. As atrocidades cometidas pela Igreja Medieval, não foram o cumprimento de tais estatutos Morais, mas sim a deturpação e quebra dos mesmos. A Bíblia jamais mandou perseguir Bruxas e queima-las na fogueira. Não Mandou jamais perseguir e Inquirir cientistas por causa de suas descobertas fantásticas a respeito da própria Criação de Deus. Não mandou perseguir e matar, pessoas que não fossem Cristãos; pelo contrário, Jesus nos mandou ter compaixão dos mesmos e lhes explicar a verdade com amor e sabedoria. O que Deus escreveu e espera dos seres humanos, é a convivência pacífica entre os homens, e em harmonia com Ele. Se o Homem pudesse viver sem Deus, e isto fosse uma Liberdade; assim como os Ateus defendem, hoje eles conseguiriam provar que Deus não existe, e que em consequência disto, a sociedade atual, se tornaria uma sociedade autoconsciente, e por consequência, sem a necessidade da existência de leis e estatutos que “oprimem” o homem. Será? O assunto é extenso, mas se pudesse resumir tudo o que penso a respeito, diria simplesmente: A Maior Forma de Irracionalidade é não aceitar a Crença em Deus, e em seus Estatutos. O conceito do Bem e do Mal, não pertence aos homens. Somos seres diferentes, dotados de senso moral superior.



1 Response to "Lei Moral, ou Instinto Animal?"

  1. Anônimo says:

    Estou buscando Deus desde o inicio desse ano. Cheguei a este post ao ler sobre a Lei Moral em um livro e que não consegui separar ainda do instinto animal. Gostaria que você explicasse melhor o porque a Lei Moral é diferente do instinto porque no post você só argumentou que seria irracional sem explicações mais teóricas e exemplos. Obrigado

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