ESOTERÍSMO, PAULO COELHO E LEVÍTICOS

                                          Urim e Tumim.



Diversas pessoas, em sua grande maioria, religiosas, têm uma certa relutância aos livros escritos pelo escritor mundialmente conhecido e brasileiro: Paulo Coelho. Talvez por acha-los muito “esotéricos”. Pois bem, em seu livro mais famoso, O Alquimista, traduzido para 66 idiomas e dialetos, espalhados por mais de 160 países; tem uma parte da história, que há muito tempo atrás, quando li o livro, passou despercebido e só agora, pude ligar uma coisa à outra. No trecho do texto em que o personagem principal, encontra-se com um homem que se auto intitulava “Rei de Salém”, e que tinha bastantes conselhos para dar ao rapaz sobre como ir à busca do um sonho... da existência da lenda Pessoal... destas coisas de que o Paulo Coelho adora escrever em seus livros; vejam só que interessante o que acontece: após conversarem, o Rei tira duas pedras de seu peitoral de ouro e entrega ao rapaz, e diz que as mesmas se chamam: Urim e Tumim. 

De posse das pedras, o jovem passa por uma jornada em sua vida, e toda as vezes que tinha dúvida a respeito de alguma coisa, consultava as pedras mágicas o Urim e o Tumim, e Deus falava por elas. Quando li esta parte pela primeira vez, pensei que estas pedras eram algo mesmo de esoterismo, e que o autor colocara para dar ambientação e mostrar conhecimento a respeito das práticas ocultas. Que surpresa a minha, quando lendo o livro de Levíticos, me deparei com a situação de Moisés, consagrando o seu Irmão Arão a Sacerdote, lhe impondo um peitoral e as pedras: Urim e Tumim. Veja: (Levíticos 8:8) “Colocou-lhe, então, o peitoral, no qual pôs o Urim e o Tumim;”. Pesquisando descobri que estas pedras realmente eram usadas pelos Sacerdotes, para consulta a respeito das vontades divinas. Lógico que Deus não mais responde por elas hoje em dia, mas o que torna as coisas aqui mais interessantes, é o fato do livro de Levíticos estar empregnado de uma atmosfera do que assim poderíamos dizer: “excentricidades”. Nas práticas dos antigos sacerdotes, incluíam entre o rol de coisas “estranhas” a serem feitas, o “queimar incenso” para poder falar com Deus, matanças de cabras e bodes e outras coisas que se não estivessem escritas na Bíblia, muita gente iria taxar de “malignas”. 


Mas longe disso, eram costumes da época, e foram dadas pelo próprio Deus a eles; mas acredito que em seguida, Ele deu um fim nestes costumes, simplesmente por ver que a eficácia destes procedimentos não mais condizia com o perfil de um Deus Lógico e sábio. Era pura encenação. Usando ou não Urim e o Tumim, o fato é que o autor do livro O Alquimista, fez uma pesquisa a fundo, e escolheu as coisas escritas no livro de Levítico não por coincidência, mas por achar, campo vasto para as esquisitices dos seus livros. Hoje, estamos livres do esoterismo pregado em alguns livros do velho testamento; usamos um único Urim e Tumim que é verdadeiramente correto e que Deus continua falando por Ele: Jesus Cristo. Mas do universo de coisas abordadas pela Bíblia, não deixa de ser interessante o fato que como Deus preferia se relacionar com o povo antes tido como “escolhido”. Livros como o de Paulo Coelho, ficam no chinelo se comprado ao Livro de Levítico, em termos de esquisitices! Suspeito de que esta opinião não seja só minha.

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